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Do massacre, muitos daqueles que conhecem o dia-a-dia carcerário, surgiu a idéia entre os presos de que deveriam ser mais fortes e ter mais respeito. Era o embrião para o Primeiro Comando da Capital (PCC), que não pára de crescer, apesar de as autoridades dizerem o inverso.
Mas o mais intrigante como fato recente: dezessete anos depois, o próprio então governador, depois deputado federal e com alguns processos nas costas por desvios de verbas públicas, sofreria dor semelhante aos dos parentes daqueles presos. A cultura da violência, que permeou sua família de direita e a favor da ditadura, fez dele uma vítima e não mais agressor.
Dias atrás, no interior de São Paulo. Aparentemente, por conta de uma discussão sobre uma batida de carro, seu irmão mais novo, Paulo Fernando Coelho Fleury, perdeu a cabeça, atirou e matou o próprio filho. Ainda em choque por conta do feito, tirou a própria vida, tudo diante dos olhos de sua esposa, mãe do inconsequente menino de 20 anos que tinha....batido o carro.
Crianças Invisíveis [All the Invisible Children], Vários Diretores [2005]
“É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.” Isso é o que diz a lei. Apesar das diferenças culturais, étnicas, lingüísticas, criança é criança, seja no Brasil, Itália, Inglaterra, Sérvia, Burkina Faso, China, Estados Unidos ou em qualquer lugar do mundo. A diferença diminui mais ainda quando essas crianças não tem pai, mãe, dinheiro, saúde,... o que faz desses infantes seres sem rosto, ao primeiro olhar. Este projeto traz 7 curtas dirigidos por Mehdi Charef, Emir Kusturica, Spike Lee, Kátia Lund, Jordan e Ridley Scott, Stefano Veneruso e John Woo, diretores tarimbados que imprimem as caras dessas crianças – que logo na tenra infância já foram despidas da inocência característica da idade - pra quem quiser ver na telona. [Raphael Bottino]
Fonte: b-coolt