Sinais de fumaça.

Por Lima Ramos

Celulares, são mais de 150 milhões só no Brasil. Aparelhos qualificados. Alem de fazer e receber chamada, são câmeras fotográficas de ultima geração, lêem mp3, vídeos, jogos e diversos conteúdos multimídia. Poderia passar horas a fio escrevendo sobre as possibilidades que esses maravilhosos aparelinhos oferecem.

Porem prefiro entrar em outra questão. A social.

Qualquer pessoa com mais de vinte e cinco anos lembra bem como era a vida sem eles. Houve um tempo que se gastava mais de mil dólares para comprar uma linha de telefone. Fixo e tinha até fila.

Aparecer na casa de um amigo sem avisar era comum. A campainha tocava e você se surpreendia com a visita desejada ou não. Acredite, conheço famílias que se falam pelo celular compulsivamente. A mãe na cozinha liga para o celular da filha que está no quarto! Isso sim é mobilidade!

No trabalho então é uma festa. O celular serve para adiantar assuntos: no carro a caminho da reunião, na sala de espera, na própria reunião (conference call) e também na volta ao escritório.

Os mais saudosos com certeza dirão que éramos felizes e não sabíamos. Acho que não. O celular levou a comunicação a outro nível. Isto é indiscutível.

Quantas vezes binamos e fomos binados? Ou repetimos o trajeto casa - escritório uma vez mais por ter esquecido este pequeno equipamento? Dependendo das suas responsabilidades, um dia de trabalho sem celular pode ser desastroso. Motivo até de demissão. Exagero? Talvez.

Antes do telefone a maneira mais rápida de enviar um recado era através do rudimentar telegrafo.

Tento imaginar qual será a tecnologia que vai substituir os telefones. Aposto no tele-transporte ou na máquina do tempo. Quem viver verá.

Comentem por favor!